segunda-feira, 12 de julho de 2010

A publicidade e o preconceito

A maioria das pessoas conhece desde pequeno o significado da palavra “preconceito”. Seja nas piadinhas por negro, por ser gordo ou ter algo diferente no corpo. Na adolescência e vida adulta a situação muda um pouco: as gracinhas ficam um pouco mais pesadas, a depender da situação.

E como não poderia ser de outra forma, a TV reproduz alguns preconceitos desde que foi criada ao colocar os gordos como personagens engraçados ou alvo de piadas, negros quase sempre desempenhando papéis mais humildes e por aí vai. Essa prática não é sentida em quem faz, mas sim aos seus destinatários.

Fiz essa introdução por dois casos me chamarem a atenção nesta semana: um argentino entrou com representação no Ministério Público para retirar do ar a campanha da lata falante da Skol, por que o comercial chama os argentinos de “maricón”. No outro, uma campanha da Ariel supostamente ridiculariza o gordo por receber tratamento desigual em relação ao cara considerado modelo ideal de beleza. Nos dois casos, quem se manifestou contra a propaganda foram dois representantes dos alvos das gracinhas presentes nos comerciais.

Temos que ter mente que a publicidade reproduz essencialmente o que a sociedade aceita e está acostumada ver na TV. Quando as novelas começaram a ter negros como protagonistas, as campanhas também os colocaram na linha de frente. Quando um gordo for protagonista de novelas e não apenas de programas de auditório, certamente a publicidade seguirá o mesmo caminho. O fato é que a publicidade é o espelho ideal do mundo e das pessoas. Senão, todas as campanhas, especialmente as de produtos de beleza, seriam acusadas de discriminar alguém

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