Como escrevi anteriormente, o Encontro de Blogueiros Publicitários deste ano foi um grande sucesso em vários sentidos. Somado a isso, a apresentação de Raphael Vasconcelos, diretor executivo de criação da AgênciaClick, trouxe pequenas frases que provocam grandes reflexões sobre a atual fase da nossa propaganda, como essa aqui:
“…propaganda é o preço que as empresas pagam por não serem originais.”
Se você parar e pensar sobre isso vai descobrir que, infelizmente, o autor da frase está certo há muito tempo. De forma inconsciente (ou não), os publicitários sabem que esta situação existe, mas a ditadura do “eu que to pagando” fala mais alto que o grito de inovação que muitos profissionais querem dar para as campanhas do seu cliente.
O resultado são peças “feijão com arroz” misturadas com apresentações sem sal que só servem para encher linguiça. O cliente aprova o que gosta sem ligar para o público, alvo da campanha que ele está investindo para convencê-lo a comprar o seu produto e serviço. É por isso que vemos um desfile de clichês e lugar comum na nossa TV, principalmente os comerciais regionais.
Como disse Neto lá no EBP, é preocupante que os publicitários recém-saídos da faculdade sejam meros colecionadores de receitas e não sejam capazes de criar a sua própria forma de impactar as pessoas.
Será que um comercial de varejo só vende se tiver alguém gritando feito louco os preços da loja? Os de margarina só são boas se tiverem uma família feliz à mesa? É obrigatório as campanhas de Natal tenham neve e um gordo barbudo nas peças?
O cliente esquece que o diferente se destaca mais que o senso comum. Cabe à agência mostrar que a criatividade na publicidade vale mais do que ele imagina e faz bem para a sua empresa.
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